segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pra correr é só começar!

A corrida é um dos esportes mais populares de todo o mundo. Participando de algumas provas, depois que me tornei também uma “chata que corre”, percebi que não há biotipos, parâmetros ou padrões nos corredores. Você vê gente de toda idade, de todo tipo físico, poder aquisitivo, experiência, enfim, é inevitável se sentir automaticamente inserido nesse meio.
E o que mais me comove e encanta na modalidade é o fato de que não é preciso ser um atleta exímio pra fazer parte desse grupo que só cresce a cada ano. Você pode ser iniciante, inexperiente e lento, mas depois que você começa, inevitavelmente vai se sentir imbuído da vontade de continuar, melhorar e não parar mais.
Todas as vezes que participei de uma prova, enquanto corria, senti imensamente uma singular vontade de não participar nunca mais de outra. O cansaço, a falta de fôlego, as dores me enchem de uma revolta comigo mesma acerca da loucura de estar ali naquele momento. Mas o melhor é que essa sensação dura apenas o tempo da prova. Quando você entrega o bastão pro próximo corredor ou cruza a linha de chegada, não importa a situação em que esteja, não importa em quanto tempo fez, a única sensação que te toma conta é de um prazer imensurável. Você às vezes nem acredita que fez aquilo, mas fez. E se enche de um orgulho próprio que ninguém te tira. É uma conquista própria, é um feito somente seu e é um motivo imenso pra se orgulhar, afinal de contas agora você é um atleta, você corre! E depois de se sentir de fato parte integrante do grupo você passa a achar legal quem corre e não mais chato. Você passa a se preocupar um pouco mais com o que come e isso é saudável. Você passa a pensar em outras modalidades de corrida mesmo e até de outros esportes e só quem ganha com isso é você mesmo: mais qualidade de vida, mais saúde, mais auto-estima, mais amigos. E isso sim é um ganho autêntico e é só seu. Aproveite.

Matéria que me inspirou a escrever:
Para todos – A corrida é o esporte mais democrático que existe
(Mário Sérgio Andrade Silva (Diretor e Técnico da assessoria esportiva Run & Fun e técnico pentacampeão da Maratona Disney em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002)

Onde li: Runner’s World
Edição de Agosto 2010 – Editora Abril

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Porra, arquiteto!

Em referência ao site de mesmo nome, posto hoje uma foto da série “Porra, arquiteto!”

Obra em Curitiba que não pude deixar de “homenagear”. Observe bem até onde pode ir a criatividade do profissional diante de uma dificuldade. Isso, obviamente, não seria problema se a solução não fosse tão mirabolante e tosca.



Porra, arquiteto! Não se esqueça de considerar a vegetação do terreno ao projetar!

Assim não teríamos aqui um exemplo grosseiro de embate entre pérgola e árvore em que o único vencedor foi o mau gosto.



Esse é muito bom! Acesse:

http://porrarquiteto.tumblr.com/

Criado por Luiz Caetano e Rubens M.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que você está lendo?

Descobri que gostava de ler biografias lendo a autobiografia do Eric Clapton e agora a que tem tomado parte do meu tempo é a da Amy Winehouse. Estou na metade, mas tenho gostado bastante pela facilidade de leitura e pelas travessuras que só Amy Winehouse poderia proporcionar. O ponto fraco da escrita são as várias transcrições de comentários e matérias de jornalistas, o que torna a leitura um pouco maçante.
Lançado pela Editora Globo em parceria com o canal Multishow em comemoração ao aniversário de 25 anos de Amy, o livro escrito pelo jornalista britânico Chas Newkey-Burden fala sobre a infância, a época de anonimato, as influências e as escolas artísticas que a formaram.
Sobre Amy o que posso declarar é que, apesar dos escândalos que promove, ela é uma artista fantástica.
Indiscutivelmente um ícone da moda, lança tendência no modo como se veste. Lançou dois grandes álbuns, aclamados por crítica e público. Frank mais intimista e com grandes influências do jazz colocou-a no hall de revelações da música em 2003. Desse disco indico as ótimas Fuck me pumps e Help yourself.
Em 2006 lança o hit Rehab e se consagra com Back to Black finalizando 2007 como o album mais vendido do ano. Desse disco autêntico indico a canção que dá nome ao album Back to Black, Tears dry on their own, He can only hold her, You know I’m no good e o hit Rehab. Além de todas essas sugiro ainda a ótima regravação dos The Zutons, Valerie.
Contradizendo o seu grande hit, segundo notícias Amy esteve em reabilitação para se livrar do álcool e drogas recentemente e participou de um show em que esqueceu a letra dessa última música citada. Há declarações suas que prometem um disco novo para Janeiro de 2011. Espero ansiosa pela novidade.


Título: Amy Winehouse: Biografia
Autor: Chas Newkey-Burden
Editora: Globo
Tradutor: Helena Londres
Páginas: 208
Formato: 13,7 x 20,8 cm

sábado, 7 de agosto de 2010

Como esquecer um grande amor?

Eu já parei pra pensar nessa situação por diversas vezes e vista por vários ângulos. É, no mínimo, interessante (senão triste) analisar.
Eu acredito que o sofrimento é inevitável estando em qualquer dos lados. Quando se deixa alguém, quando se é deixado ou quando se vê alguém deixar alguém. Nenhum dos casos descreve uma situação unicamente confortável. Há sempre certo incômodo, dor e uma pitada de sentimento de culpa. Não que eu considere que cometer qualquer um desses atos seja sempre um erro, mas carregamos sempre o peso de uma decisão tão séria. Para o famoso filósofo dinamarquês Kierkgaard, o ser humano é constantemente um Adão à beira de morder a maçã sem nenhuma voz soberana que o oriente sobre o certo ou errado. É o famigerado livre arbítrio: a ponte entre a total liberdade de escolhas e a angústia da responsabilidade acerca delas.
Sobre a experiência da separação e do que isso acarreta, vamos analisar. Já fui deixada, já deixei e já vi pessoas serem deixadas. Se me perguntarem em quais das ocasiões sofri mais, acredito não causar surpresa nenhuma ao dizer que sim, sofri mais quando me deixaram pra trás. No dia em que aconteceu eu vi o sol nascer por trás da janela. Chorei dias e noites a fio, amarguei a perda de 8 anos de relacionamento, emagreci, enfim, sofri até que meu coração resolveu se permitir a chegada de uma nova pessoa.
Mas o que fazer enquanto essa nova pessoa não aparece? Ó vida, ó céus... Chorar, deprimir-se, cortar os punhos? Ok, vamos com calma e por partes.
Sim, chorar infelizmente faz parte do processo. É natural e até saudável. Pertence ao período de luto. Por isso chore, assuma sua dor e sofrimento pra você e pro mundo, mas saiba e, embora seja muito difícil, acredite: isso vai passar.
Sabe aqueles conselhos que dizem pra você sair, inspirar novos ares, ver novas pessoas? Acate. Já se é provado neurologicamente que estar na presença de situações, lugares, pessoas que lembrem a outra pessoa nos faz reviver as sensações que tínhamos antes da separação e consequentemente vai ser mais difícil se libertar.
Deve chegar um momento em que ficarão apenas as lembranças do que foi vivido, sem nenhum tipo de sentimento envolvido e isso se chama indiferença, o contrário do amor, segundo Martha Medeiros. O alcance desse novo estágio, porém, não depende apenas de nós, em minha opinião. Eu, particularmente, atribuo 90% dessa conquista a uma nova conquista: a de um novo amor.
Novas pessoas foram responsáveis por me fazer botar esse meu antigo grande amor na geladeira, mas apenas um novo grande amor foi quem me fez aniquilá-lo. Então, como esquecer um grande amor? Com outro grande amor, claro!
Em quanto tempo isso acontecerá, eu não sei. Pra mim demorou longos 5 anos e não considero ter sido tão difícil hoje quando reflito sobre a seguinte metáfora:

Se você precisa lidar com um pouco de água por algum tempo é mais fácil esquecer que ele existe deixando-o congelar dentro do freezer e num belo e feliz dia moê-lo em vários pedaços do que manter o líquido num lindo recipiente e no momento mais inesperado vê-lo se derramar e te fazer se dar conta de que ele ainda está ali.

Por isso segue a sugestão: congele e quebre, não dê chances dele te incomodar.

PS. Se ainda assim for muito difícil se livrar desse “encosto” sugiro esse texto (rs), do ótimo Corporativismo Feminino. Recomendo!