quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Desfiles de Moda

Eu adoro desfiles de moda. Acho o máximo as maravilhas que os estilistas conseguem criar com pouco mais do que tecido e linhas e admiro como as tendências em exagero acabem fatalmente chegando às lojas e a nós, meros mortais, traduzidas em detalhes e estilos.

Sempre que vejo desfiles, vejo sozinha. Ninguém que conheço demonstra interesse pelas imagens que me causam tanta admiração e geralmente ouço comentários do tipo “Mas quem vai usar uma roupa dessas?!” que quase sempre respondo com uma explanação simples do que eu realmente acho que é um desfile de moda e de como eu os vejo:

Moda, arte e arquitetura vêm do mesmo berço: a estética. São maneiras distintas de expressar o belo. Cada estilista, cada artista, cada arquiteto busca expressar através de suas obras a inspiração no que sente, no que acredita, naquilo pelo que se vale a pena viver: seus desejos, suas vontades e estuda, desenvolve técnicas, tecnologias, enfim, meios para que seus projetos se tornem obras concretas. Pra mim esse é o grande barato e a parte mais difícil de qualquer projeto, falando como arquiteta, mas transpondo imaginariamente a dificuldade para as outras áreas também por imaginar processos semelhantes.

Levar um projeto arquitetônico do papel pro canteiro de obras é o mais gratificante, mas o mais trabalhoso de todos os esforços. Construir exatamente o que se delineou entre seus pensamentos, o computador e o papel é tarefa quase impossível. Muitos percalços atrapalham e te fazem percorrer outros caminhos em busca de soluções viáveis e imagino que reproduzir os efeitos, texturas, caimento e movimento de uma peça de vestuário tão belamente desenhados em croquis estilosos não deva ser das tarefas mais fáceis.

Vi um exemplo claro disso essa semana na coleção Lanvin Verão 2011, simplesmente linda. Uma compilação de tecidos bem cortados, estruturados, esvoaçantes, com movimento e cores interessantes, texturas, ou seja, verdadeiros mini edifícios muito bem projetados.


Fonte: http://www.lanvin.com/

É por isso que pra mim é tão fascinante assistir a desfiles de moda: porque vejo as roupas como obras de arte. Peças que, em sua estrutura e confecção se desenvolvem técnicas, ditam tendências em composições que enchem nossos olhos com sua beleza, os três elementos primordiais da Arquitetura, segundo Vitrúvio: Firmitas, Utilitas e Venustas.



PS. Falando ainda sobre moda, decidi hoje que meus sapatos de noiva não serão brancos, seguindo a mais interessante das tendências para 2011, em minha opinião: sapatos coloridos. Uma idéia cheia de charme e utilidade, já que os sapatos brancos não são tão fáceis assim de usar, especialmente no meu caso.

Alguma sugestão de cor?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pra correr é só começar!

A corrida é um dos esportes mais populares de todo o mundo. Participando de algumas provas, depois que me tornei também uma “chata que corre”, percebi que não há biotipos, parâmetros ou padrões nos corredores. Você vê gente de toda idade, de todo tipo físico, poder aquisitivo, experiência, enfim, é inevitável se sentir automaticamente inserido nesse meio.
E o que mais me comove e encanta na modalidade é o fato de que não é preciso ser um atleta exímio pra fazer parte desse grupo que só cresce a cada ano. Você pode ser iniciante, inexperiente e lento, mas depois que você começa, inevitavelmente vai se sentir imbuído da vontade de continuar, melhorar e não parar mais.
Todas as vezes que participei de uma prova, enquanto corria, senti imensamente uma singular vontade de não participar nunca mais de outra. O cansaço, a falta de fôlego, as dores me enchem de uma revolta comigo mesma acerca da loucura de estar ali naquele momento. Mas o melhor é que essa sensação dura apenas o tempo da prova. Quando você entrega o bastão pro próximo corredor ou cruza a linha de chegada, não importa a situação em que esteja, não importa em quanto tempo fez, a única sensação que te toma conta é de um prazer imensurável. Você às vezes nem acredita que fez aquilo, mas fez. E se enche de um orgulho próprio que ninguém te tira. É uma conquista própria, é um feito somente seu e é um motivo imenso pra se orgulhar, afinal de contas agora você é um atleta, você corre! E depois de se sentir de fato parte integrante do grupo você passa a achar legal quem corre e não mais chato. Você passa a se preocupar um pouco mais com o que come e isso é saudável. Você passa a pensar em outras modalidades de corrida mesmo e até de outros esportes e só quem ganha com isso é você mesmo: mais qualidade de vida, mais saúde, mais auto-estima, mais amigos. E isso sim é um ganho autêntico e é só seu. Aproveite.

Matéria que me inspirou a escrever:
Para todos – A corrida é o esporte mais democrático que existe
(Mário Sérgio Andrade Silva (Diretor e Técnico da assessoria esportiva Run & Fun e técnico pentacampeão da Maratona Disney em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002)

Onde li: Runner’s World
Edição de Agosto 2010 – Editora Abril

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Porra, arquiteto!

Em referência ao site de mesmo nome, posto hoje uma foto da série “Porra, arquiteto!”

Obra em Curitiba que não pude deixar de “homenagear”. Observe bem até onde pode ir a criatividade do profissional diante de uma dificuldade. Isso, obviamente, não seria problema se a solução não fosse tão mirabolante e tosca.



Porra, arquiteto! Não se esqueça de considerar a vegetação do terreno ao projetar!

Assim não teríamos aqui um exemplo grosseiro de embate entre pérgola e árvore em que o único vencedor foi o mau gosto.



Esse é muito bom! Acesse:

http://porrarquiteto.tumblr.com/

Criado por Luiz Caetano e Rubens M.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que você está lendo?

Descobri que gostava de ler biografias lendo a autobiografia do Eric Clapton e agora a que tem tomado parte do meu tempo é a da Amy Winehouse. Estou na metade, mas tenho gostado bastante pela facilidade de leitura e pelas travessuras que só Amy Winehouse poderia proporcionar. O ponto fraco da escrita são as várias transcrições de comentários e matérias de jornalistas, o que torna a leitura um pouco maçante.
Lançado pela Editora Globo em parceria com o canal Multishow em comemoração ao aniversário de 25 anos de Amy, o livro escrito pelo jornalista britânico Chas Newkey-Burden fala sobre a infância, a época de anonimato, as influências e as escolas artísticas que a formaram.
Sobre Amy o que posso declarar é que, apesar dos escândalos que promove, ela é uma artista fantástica.
Indiscutivelmente um ícone da moda, lança tendência no modo como se veste. Lançou dois grandes álbuns, aclamados por crítica e público. Frank mais intimista e com grandes influências do jazz colocou-a no hall de revelações da música em 2003. Desse disco indico as ótimas Fuck me pumps e Help yourself.
Em 2006 lança o hit Rehab e se consagra com Back to Black finalizando 2007 como o album mais vendido do ano. Desse disco autêntico indico a canção que dá nome ao album Back to Black, Tears dry on their own, He can only hold her, You know I’m no good e o hit Rehab. Além de todas essas sugiro ainda a ótima regravação dos The Zutons, Valerie.
Contradizendo o seu grande hit, segundo notícias Amy esteve em reabilitação para se livrar do álcool e drogas recentemente e participou de um show em que esqueceu a letra dessa última música citada. Há declarações suas que prometem um disco novo para Janeiro de 2011. Espero ansiosa pela novidade.


Título: Amy Winehouse: Biografia
Autor: Chas Newkey-Burden
Editora: Globo
Tradutor: Helena Londres
Páginas: 208
Formato: 13,7 x 20,8 cm

sábado, 7 de agosto de 2010

Como esquecer um grande amor?

Eu já parei pra pensar nessa situação por diversas vezes e vista por vários ângulos. É, no mínimo, interessante (senão triste) analisar.
Eu acredito que o sofrimento é inevitável estando em qualquer dos lados. Quando se deixa alguém, quando se é deixado ou quando se vê alguém deixar alguém. Nenhum dos casos descreve uma situação unicamente confortável. Há sempre certo incômodo, dor e uma pitada de sentimento de culpa. Não que eu considere que cometer qualquer um desses atos seja sempre um erro, mas carregamos sempre o peso de uma decisão tão séria. Para o famoso filósofo dinamarquês Kierkgaard, o ser humano é constantemente um Adão à beira de morder a maçã sem nenhuma voz soberana que o oriente sobre o certo ou errado. É o famigerado livre arbítrio: a ponte entre a total liberdade de escolhas e a angústia da responsabilidade acerca delas.
Sobre a experiência da separação e do que isso acarreta, vamos analisar. Já fui deixada, já deixei e já vi pessoas serem deixadas. Se me perguntarem em quais das ocasiões sofri mais, acredito não causar surpresa nenhuma ao dizer que sim, sofri mais quando me deixaram pra trás. No dia em que aconteceu eu vi o sol nascer por trás da janela. Chorei dias e noites a fio, amarguei a perda de 8 anos de relacionamento, emagreci, enfim, sofri até que meu coração resolveu se permitir a chegada de uma nova pessoa.
Mas o que fazer enquanto essa nova pessoa não aparece? Ó vida, ó céus... Chorar, deprimir-se, cortar os punhos? Ok, vamos com calma e por partes.
Sim, chorar infelizmente faz parte do processo. É natural e até saudável. Pertence ao período de luto. Por isso chore, assuma sua dor e sofrimento pra você e pro mundo, mas saiba e, embora seja muito difícil, acredite: isso vai passar.
Sabe aqueles conselhos que dizem pra você sair, inspirar novos ares, ver novas pessoas? Acate. Já se é provado neurologicamente que estar na presença de situações, lugares, pessoas que lembrem a outra pessoa nos faz reviver as sensações que tínhamos antes da separação e consequentemente vai ser mais difícil se libertar.
Deve chegar um momento em que ficarão apenas as lembranças do que foi vivido, sem nenhum tipo de sentimento envolvido e isso se chama indiferença, o contrário do amor, segundo Martha Medeiros. O alcance desse novo estágio, porém, não depende apenas de nós, em minha opinião. Eu, particularmente, atribuo 90% dessa conquista a uma nova conquista: a de um novo amor.
Novas pessoas foram responsáveis por me fazer botar esse meu antigo grande amor na geladeira, mas apenas um novo grande amor foi quem me fez aniquilá-lo. Então, como esquecer um grande amor? Com outro grande amor, claro!
Em quanto tempo isso acontecerá, eu não sei. Pra mim demorou longos 5 anos e não considero ter sido tão difícil hoje quando reflito sobre a seguinte metáfora:

Se você precisa lidar com um pouco de água por algum tempo é mais fácil esquecer que ele existe deixando-o congelar dentro do freezer e num belo e feliz dia moê-lo em vários pedaços do que manter o líquido num lindo recipiente e no momento mais inesperado vê-lo se derramar e te fazer se dar conta de que ele ainda está ali.

Por isso segue a sugestão: congele e quebre, não dê chances dele te incomodar.

PS. Se ainda assim for muito difícil se livrar desse “encosto” sugiro esse texto (rs), do ótimo Corporativismo Feminino. Recomendo!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Must have it: Chanel Particuliére.





















Sem muitas delongas, esse é o meu atual objeto do desejo. O esmalte é o "mais, mais" entre as antenadas e de bom gosto.

Só encontrei na Sacks por míseros R$ 93,00. (Oi?)

Sorry, baby! Must absolutely have it!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

13 de Julho - Dia Mundial do Rock


Em homenagem ao dia comemorado essa semana, algumas divagações sobre o assunto:

Do meu pai herdei o gosto por ouvir música no sentido literal e mais profundo da expressão, não importa de qual estilo (e sobre esse assunto posso divagar em outro post). Mas o rock sempre esteve muito presente e eu sempre o admirei em alguns dos seus estilos.
Os Beatles foram influência da minha mãe. Lembro-me de ainda muito nova escolher os discos e botar pra tocar naquelas vitrolas que já nem existem mais. Todo o cuidado com a agulha e com o vinil era pouco. Tamanha qualidade de som nos LPs e, lógico, nas músicas em si.
Mas considero de muita sorte ter sido a caçula de uma família com mais dois irmãos que viveram a adolescência nos anos 80 e 90. Imaginem o que eu poderia herdar dessas duas criaturas! Muito rock. Foi por influência deles que escutei tanto rock nacional quanto internacional na sua melhor época. Anos em que o rock nacional era denso, cheio de letras com conteúdo e tomava conta das programações de rádio e televisão. Dos internacionais Guns n’ Roses, Metallica, Pearl Jam, Nirvana, dentre outros, ocuparam boa parte do meu tempo e ouvidos, com seus vocais esganiçados, solos e riffs de guitarras inconfundíveis e inesquecíveis.
E posso citar mais uma boa quantidade de bandas que em menor intensidade estavam presentes na minha coleção de fitas cassete: Tears for Fears, Faith no More, L7, Led Zepellin, U2, Pink Floyd, Ramones, Iron Maiden, A-ha, Deep Purple, etc. Percebam aqui o “ecletismo” do gosto (rs).
Música pra mim tem de ter conteúdo, independente do estilo e vertente, e essa é a grande herança que guardo dessas influências. Pode ser o som de um instrumento apenas, a melodia, a letra, mas alguma coisa a música tem de ter pra me comover. Eu posso não gostar do ritmo, mas se a letra me interessar, muito provavelmente eu passarei a escutá-la, por exemplo. Muitas músicas eu escuto apenas pelo arranjo ou pelo som de um instrumento bem tocado. Por esse motivo admiro muitos artistas que são não apenas intérpretes, mas que escrevem, compõem, produzem suas músicas e álbuns e hoje em dia são poucos os que fazem isso.
Em uma conversa recente me percebi divagando sobre como seria não ter sido irmã de dois irmãos mais velhos. Como será que eu formaria minha opinião e gosto musicais? Por influência dos meus pais até teria uma gama de bom gosto considerável a seguir, mas a dúvida era a seguinte: será que eu estaria hoje ouvindo Luan Santana, Rebolation e afins? Não sei. Não julgo quem ouve e gosta, mas critico.
A minha impressão é de que resumidamente a música de hoje é efêmera. A internet domina e lança as revelações do mundo da música, que são tão idolatrados quanto esquecidos em pouquíssimo tempo, embora isso não determine de maneira alguma a qualidade da música em si.
De qualquer forma, o rock continua vivo com o passar dos anos, mesmo sobrevivendo na pele de algumas poucas bandas nacionais e nas velhas e boas internacionais. E se eu colocar qualquer música de Use your Illusion 1 ou 2 pra tocar hoje (como às vezes faço), vou ficar alucinada com o som e relembrar cada sensação que tinha quando escutava com maior frequência, ou seja, o rock pra mim (e não só pra mim) é imortal e isso é fato. Ponto.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O nosso hoje colorido



Ele nasceu no dia 08/06/2010 as 7:22hs de uma manhã congelante de Curitiba.
E veio trazendo tanta felicidade que era difícil caber em nós.
O nosso rosto estampada de alegria não se cansava de se debruçar naquele vidro que nos separava dele e sentíamos todos a mesma coisa, tenho certeza: um amor imenso, forte, incondiocional.

O Samir é único. É especial, lindo... E é nosso! Ele é a flor mais bonita do nosso jardim!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Passa esse: eu indico!







Um dos últimos esmaltes que passei foi o 680 da Coleção Hits da Speciallitá.

Como (infelizmente, rs) estamos no inverno é uma ótima pedida, já que os grandes destaques dessa estação serão os roxos e cinzas.

Para não errar na composição escolha roupas de cores neutras, alguma que tenha apenas algum detalhe ou acessórios na mesma cor (flor de crochê no cabelo, brinco, pulseira, etc).

Algumas sugestões:




sexta-feira, 18 de junho de 2010



José Saramago hoje encontrou a morte.


O que me consola é saber que pra ele, ela, a morte, era nada mais que uma mulher charmosa e sedutora.


Enfim, infelizmente ela o pegou e nós ficaremos com suas obras, hoje finitas.

Eu indico: Ensaio sobre a Cegueira.

quinta-feira, 17 de junho de 2010



Fui ver Mallu Magalhães cantar em um pocket show dias atrás.
Surpreendeu-me pela maturidade e desenvoltura com que se apresentou e teceu seus comentários acerca da música, pirataria e gerações futuras.
O ponto curioso foi ouvi-la dizer que sua inspiração vem da bagagem que traz por ter sido sempre um "rato de sebos". Soa agradavelmente aos meus ouvidos o fato disso vir de uma garota de apenas 17 anos e se justifica aceitavelmente quando ela explica que hoje em dia tem escutado Billie Holiday.
Mallu é um charme. No modo como se veste, como canta, como fala. Ainda há resquícios de uma certa timidez, mas nada que atrapalhe o ótimo desempenho artístico e a naturalidade, qualidades essenciais e tão raras nos dias de hoje.