
E o que mais me comove e encanta na modalidade é o fato de que não é preciso ser um atleta exímio pra fazer parte desse grupo que só cresce a cada ano. Você pode ser iniciante, inexperiente e lento, mas depois que você começa, inevitavelmente vai se sentir imbuído da vontade de continuar, melhorar e não parar mais.
Todas as vezes que participei de uma prova, enquanto corria, senti imensamente uma singular vontade de não participar nunca mais de outra. O cansaço, a falta de fôlego, as dores me enchem de uma revolta comigo mesma acerca da loucura de estar ali naquele momento. Mas o melhor é que essa sensação dura apenas o tempo da prova. Quando você entrega o bastão pro próximo corredor ou cruza a linha de chegada, não importa a situação em que esteja, não importa em quanto tempo fez, a única sensação que te toma conta é de um prazer imensurável. Você às vezes nem acredita que fez aquilo, mas fez. E se enche de um orgulho próprio que ninguém te tira. É uma conquista própria, é um feito somente seu e é um motivo imenso pra se orgulhar, afinal de contas agora você é um atleta, você corre! E depois de se sentir de fato parte integrante do grupo você passa a achar legal quem corre e não mais chato. Você passa a se preocupar um pouco mais com o que come e isso é saudável. Você passa a pensar em outras modalidades de corrida mesmo e até de outros esportes e só quem ganha com isso é você mesmo: mais qualidade de vida, mais saúde, mais auto-estima, mais amigos. E isso sim é um ganho autêntico e é só seu. Aproveite.
Matéria que me inspirou a escrever:
Para todos – A corrida é o esporte mais democrático que existe
(Mário Sérgio Andrade Silva (Diretor e Técnico da assessoria esportiva Run & Fun e técnico pentacampeão da Maratona Disney em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002)
Onde li: Runner’s World
Edição de Agosto 2010 – Editora Abril